Uma nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) confirma o que muitos brasileiros já percebem no dia a dia: o celular se tornou o principal meio de o a serviços bancários no país. Segundo o levantamento, realizado pela Deloitte e baseado em dados de 2024, 82% das transações bancárias no Brasil foram feitas por canais digitais, com o mobile banking (aplicativos de celular) respondendo sozinho por 75% dessas operações.
Ao todo, foram 155 bilhões de transações realizadas por meio de smartphones ao longo do ano, um crescimento de 15% em relação a 2023 — ou 20 bilhões de transações a mais. O estudo faz parte da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, e destaca a consolidação dos canais digitais como o principal ponto de contato entre clientes e bancos.
“O avanço foi impulsionado principalmente pelo mobile banking. Os canais digitais se consolidam como o principal ponto de relacionamento financeiro”, afirmou a Febraban, em nota oficial.
Um dos principais motores dessa transformação digital continua sendo o Pix. O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central registrou quase 25 bilhões de operações feitas por celular em 2024, um aumento de 41% na comparação com o ano anterior. De acordo com a pesquisa, cada correntista realizou, em média, 55 transações Pix por mês pelo celular.
Para Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela pesquisa, os números refletem uma mudança profunda no comportamento dos usuários. “Os celulares vêm transformando a maneira como interagimos com nosso banco, e as transações feitas pelo mobile banking crescem vertiginosamente ano a ano. Fatores como praticidade, conveniência e segurança — com criptografia avançada e autenticação biométrica — ajudam a explicar esse sucesso”, afirmou.
Em contrapartida, os canais físicos seguem em trajetória de queda acentuada. As transações realizadas em agências bancárias, caixas eletrônicos e correspondentes representaram apenas 5% do total em 2024. Nas agências, foram registradas 3,6 bilhões de operações, uma redução de 14% em relação ao ano anterior.
Esse movimento reforça a tendência de transformação do setor bancário, cada vez mais voltado à digitalização dos serviços. Com a popularização dos smartphones e o avanço das tecnologias de segurança, o Brasil se consolida como um dos líderes globais na adoção de serviços bancários digitais.